Esquerda sai vitoriosa nas eleições francesas.
O candidato socialista François Hollande é o novo presidente da França,
após vencer o segundo turno das eleições para o Palácio do Eliseu, neste
domingo. O presidente conservador Nicolas Sarkozy reconheceu a derrota
para o adversário, que assumirá o cargo em 15 de maio.
Hollande teve 50,8% dos votos, ante 49,2% do rival e candidato à
reeleição Nicolas Sarkozy, com 67% das urnas apuradas, conforme divulgou
neste domingo a rede americana CNN. Em pesquisa de boca de urna da
emissora France 2, o socialista tem 51,9%, contra 48,1% de Sarkozy.
Em discurso a seus partidários, o presidente conservador já admitiu a
derrota para o socialista e afirmou que ligou para Hollande,
desejando-lhe "boa sorte".
"Aceito essa derrota por causa dessa França aberta, democrática", disse
ele, aclamado aos gritos de "Nicolas, Nicolas" por uma multidão em
Paris.
"Tentei fazer o melhor para proteger o povo francês. Apesar dos milhões
que votaram em mim, nós falhamos. Vocês me apoiaram, mas não tivemos
êxito", acrescentou.
PARLAMENTARES
Sarkozy ainda pediu que o UMP, seu partido, permaneça unido para as
eleições parlamentares, acontecerão em junho. "Não se dividam,
permaneçam unidos. Temos que ganhar a batalha das legislativas", afirmou
o presidente em reunião fechada com partidários.
O chanceler francês do governo Sarkozy, Alain Juppé, foi o primeiro
ministro a se manifestar sobre o pleito, e voltou a dizer que o foco do
partido serão as eleições legislativas.
"Sarkozy fez uma campanha magnífica. Os milhões de franceses que votaram
nele merecem essa consideração. Nós não o abandonamos, voltaremos na
batalha das legislativas".
Pouco antes do fechamento das urnas, pelo menos quatro institutos de
pesquisa (CSA, TNS Sofres, Ipsos e Harris Interactive) já apontavam uma
preferência eleitoral acima de 50% para Hollande.
Com essa virtual vitória, ele se torna o segundo presidente socialista
da Quinta República Francesa fundada pelo general Charles De Gaulle em
1958, depois de François Mitterrand, chefe de Estado de 1981 a 1995.
fonte: Folha de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário