Prefeitura de São Paulo quer proibir que ONGS parem de distribuir comida aos moradores de rua.
Um grupo de manifestantes distribuiu na noite de hoje (6) cerca de 50 quilos de sopa na Praça da Sé, no centro da capital paulista. Eles protestaram contra as declarações do secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que iria punir organizações não governamentais (ONGs) e entidades assistenciais que insistissem em dar sopão a moradores de rua.
Um grupo de manifestantes distribuiu na noite de hoje (6) cerca de 50 quilos de sopa na Praça da Sé, no centro da capital paulista. Eles protestaram contra as declarações do secretário municipal de Segurança Urbana, Edsom Ortega, publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que iria punir organizações não governamentais (ONGs) e entidades assistenciais que insistissem em dar sopão a moradores de rua.
Com a repercussão negativa da entrevista, a prefeitura divulgou uma
nota desmentindo que pretenda proibir a distribuição de alimentos. “O
que existe é a proposta de que as entidades ocupem espaços públicos
destinados para o atendimento às pessoas em situação de rua, como as
tendas instaladas pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento
Social”, diz a nota.
“A nossa proposta é distribuir a sopa para todo o cidadão, não só quem
está em situação de rua”, declarou o coordenador no Movimento Nacional
da População de Rua, Anderson Lopes, que criticou a falta de uma
política de segurança alimentar. “Quem vive na rua passa fome, passa
dificuldades. Então, para nós, é de fundamental importância que exista
uma política de segurança alimentar. Como não existe na cidade de São
Paulo, são importantes essas organizações que distribuem comida e dão
água”.
Para a doutoranda em ciências sociais, Rose Barbosa, é péssimo o
tratamento que vem sendo dado aos moradores de rua na cidade. “A gente
entende que isso é uma luta pelo direito à cidade. Um direito que vem
sistematicamente sendo violado, principalmente no caso da população em
situação de rua, onde a gente sabe que a atual gestão municipal trata
essa questão como de segurança pública e não de assistência ou de
direitos humanos”.
Roberto Parente, uma das pessoas que prepararam a sopa, disse que tudo
foi feito com doações de legumes recolhidas na Companhia de Entrepostos e
Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Para ele, o protesto é
importante para que não haja retrocesso na garantia dos direitos
individuais. “Isso não é altruísmo, isso é reivindicação de direitos
básicos. Se você fechar os olhos, daqui a pouco os seus direitos podem
estar ameaçados”, ressaltou Parente.
Com informações da Agência Brasil.
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