O expediente no Banco do Brasil de Morada Nova, na Região do Baixo
Jaguaribe, estava perto do fim. Os últimos clientes deixavam o local
quando aproximadamente 15 homens com armamento pesado invadiram o
estabelecimento e anunciaram o assalto. Cerca de 20 reféns foram postos
lado a lado, em frente ao banco, para intimidar uma reação da Polícia.
Todo o dinheiro dos caixas e do cofre foi recolhido. A quantia, não
revelada, foi colocada em malotes, e o grupo deixou o banco com cinco
reféns.
Assim foi o 47º ataque a bancos e caixas eletrônicos do Ceará, segundo levantamento feito pelo com
base nos dados do Sindicato dos Bancários. A ação teve início por
volta das 16h30min de ontem e durou 25 minutos. Nesse intervalo, vários
tiros foram disparados para o alto. Ao deixar o banco, houve troca de
tiros com policiais do Ronda do Quarteirão local. Segundo a Polícia,
ninguém ficou ferido. Até o fechamento desta edição, os criminosos não
haviam sido presos.
Os assaltantes abandonaram os reféns
cerca de cinco quilômetros distante do banco. Um automóvel modelo
Corsa, usado na fuga, foi incendiado na estrada que leva até a
localidade de Cristais. Uma Hilux também foi abandonada na estrada.
De
acordo com o comandante do Policiamento do Interior, coronel Hervano
Macêdo, ainda em Cristais, ocorreu uma nova troca de tiros entre a
Polícia e o bando, que usava máscaras. O grupo, porém, conseguiu
escapar. “As buscas vão continuar. Estamos recebendo denúncias de
pessoas que viram homens mascarados nas matas. O cerco continua
montado”, disse o comandante.
Vítimas relatam o crime
Vai ser difícil o fim da tarde de ontem sair da cabeça de clientes e funcionários da agência. A reportagem conversou
com um dos reféns, funcionário do BB. Ele contou que dois homens
quebraram a porta de vidro com uma barra de ferro, expuseram as armas e
renderam os vigilantes. Ao anunciar o assalto, exigiram a abertura
imediata do cofre. Enquanto acessavam o equipamento, outros formavam o
escudo humano na calçada.
O tesoureiro do banco e o
dinheiro foram colocados no porta-malas de um dos veículos usados no
escape. Os outros reféns ocuparam a carroceria de uma L-200. “Disseram
que a gente não tivesse medo, que iam soltar a gente. Mas não paravam
de atirar pra cima”, relembra a testemunha. “Pediram que a gente só
saísse dez minutos depois. Foi quando a Polícia apareceu, falou com a
gente e foi atrás deles”, contou outra vítima.
Com informações de O POVO
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