Esta é a mão de Camila Sanchez Hérbon de três
anos símbolo da " Lei da morte digna"
Pais do bebê
A mãe de Camila liderou a campanha para aprovação da lei argumentando que a bebê tinha o direito "a descansar em paz", segundo disse em entrevista à BBC Brasil, no ano passado. "Ela só cresce. Não enxerga, não ouve, não chora, não ri, não se mexe mesmo quando a toco", disse a mãe, na ocasião.
anos símbolo da " Lei da morte digna"
Pais do bebê
Foi anunciada sexta-feira(8) , na Argentina, o falecimento do bebê
Camila Sánchez Herbón, de três anos, símbolo da luta pela lei da "morte
digna", aprovada há quatro semanas pelo Congresso do país. A criança,
que vivia em estado vegetativo, teve os aparelhos que a mantinham viva
desligados, na primeira morte autorizada após a adoção da nova
legislação.
A notícia foi confirmada pela mãe da bebê, Selva Herbón, em declarações
à imprensa local. "Ela partiu em paz e deixou direitos para todos",
disse a mãe. Na segunda-feira, a família pediu formalmente aos médicos que
desligassem os aparelhos que mantinham Camila viva - um respirador
artificial e um alimentador - no hospital Centro Gallego, de Buenos
Aires.
O bebê viva em estado vegetativo, sem atividade cerebral, desde que nasceu. Os problemas foram consequência de um erro médico. Antes da aprovação da lei de "morte digna", os médicos haviam rejeitado
o pedido dos pais para o desligamento dos aparelhos. Nesta semana eles
pediram um prazo para avaliar "os procedimentos" (médicos e legais), de
acordo com o jornal Clarín.
Na quinta-feira, os médicos ligaram para a mãe de Camila e disseram que
os aparelhos seriam desconectados diante de um grupo reduzido. Os pais
da menina, Selva e Carlos, pediram a um amigo que os representasse no
quarto onde Camila passou os três anos de vida. "Selva me pediu essa ajuda e no início eu fiquei em dúvida, mas ela me
disse que seria muito forte para ela. Durou alguns minutos", contou
Marcelo Velis, amigo da família. De acordo com a imprensa local, Camila
será cremada, após uma cerimônia realizada por um padre católico.
Campanha
A mãe de Camila liderou a campanha para aprovação da lei argumentando que a bebê tinha o direito "a descansar em paz", segundo disse em entrevista à BBC Brasil, no ano passado. "Ela só cresce. Não enxerga, não ouve, não chora, não ri, não se mexe mesmo quando a toco", disse a mãe, na ocasião.
Na hora da votação do projeto no Congresso, Selva esteve no plenário e comemorou a aprovação da lei. Ela tinha escrito para a presidente Cristina Kirchner e tinha
conversado com sacerdotes para "explicar" que a filha "não merecia
aquele calvário".
Segundo a imprensa local, Camila passou duas horas com os aparelhos
desligados até morrer de parada "cardiorrespiratória não traumática
Fonte: UOL.
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