Seguidores

FACEBOOK

Total de visualizações de página

terça-feira, 5 de junho de 2012

Irauçuba: dia mundial do meio ambiente, pouco a comemorar..

                                          Nas Serras a vegetação começa a se recuperar.

                                       Rio Lanchinha, esgoto e devastação  das margens
                                        Desertificação, seixos começam a brotar no solo
                                              Açude Paulo Bastos, pouca água.
Hoje (5) de junho comemora-se no mundo o dia mundial do meio ambiente. Em Irauçuba como no resto do globo o Meio ambiente a cada dia é mais degrado pela ação do homem. Aqui nesta região se encontra um bioma único: a Caatinga. Percorrendo os riachos e a vegetação deste ecossistema tão rico. Verificamos in loco o processo de destruição da vida, feito pelo próprio homem.

O Rio Lanchinha que nasce na região serrana e corta a sede do município se encontra a beira da morte. Os esgotos da cidade são todos jogados dentro dele. No bairro da Barragem, na sede, que se originou este nome, devido a uma barragem de pedra. E servia de lazer para os jovens e crianças  tomar  banho  há 40 anos atrás, hoje encontra-se tomado por dejetos e lama provenientes dos esgotos da cidade.

No sertão agricultores cortam lenha para utilizá-la para fazer carvão e assim obter algum complemento à renda pois a falta de chuva provocou a perda da lavoura. A renda da maioria deles é o Bolsa Família e os poucos trocados conseguidos com a venda do carvão. Não sabem eles que esta destruição da natureza irá num futuro próximo ameaçar a existência humana na região.

Mais a ameaça mais presente aqui  é a falta d'água, os açudes que abastecem a cidade encontram-se praticamente secos, a população da Terra da Amizade deve sofrer um colapso no abastecimento d' água, antes do final do ano ; o açude Jerimum encontra-se com menos de 15% de sua capacidade.

No meio do quadro de preocupação em relação ao Meio Ambiente temos uma coisa para comemorar. Nas regiões serranas da Lolaia, Machão, Alentado  e do Missi. A vegetação que há 40 anos atrás, era devastada para a plantação do algodão pelo homem. A praga do bicudo veio como uma"benção". Dizimou esta cultura e obrigou a migração dos agricultores destas áreas para as cidades. 

A consequência causada pela praga da lavoura algodoeira, beneficiou a Natureza. Atualmente  poucas famílias residem nas áreas serranas e a vegetação encontra-se quase que recuperada. Quem percorre a região durante o inverno já observa a floração do Ipê vermelho, o Pau Branco e de outras espécies de vegetação. Animais silvestres ameaçados de extinção já começam a aparecer: onças, veados, gatos selvagens. O fim do ciclo do Algodão beneficiou a natura.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CURTIR F