Crianças sendo retiradas da escola
Um atirador matou 20 crianças e seis adultos após
invadir uma escola primária em Connecticut, nos Estados Unidos, na manhã
desta sexta-feira, de acordo com informações da polícia americana.
As autoridades afirmaram à imprensa local que o
atirador foi identificado como Adam Lanza, de 20 anos. Inicialmente, as
informações eram de que o autor do ataque teria sido o irmão mais velho
de Adam, Ryan, que foi detido para ser interrogado pela polícia.
Os dois eram filhos de uma professora que trabalhava na escola e também foi morta pelo atirador, segundo a imprenda local.
O ataque aconteceu às 9h30 (12h30 de Brasília)
na escola primária Sandy Hook, que tem cerca de 600 alunos entre 5 e 10
anos, e fica na cidade de Newtown. Segundo o tenente Paul Vance, da
polícia local, o atirador também foi encontrado morto no interior da
escola.
O corpo de um outro adulto foi encontrado em uma
segunda cena de crime na cidade. A imprensa americana afirmou que a
vítima seria o pai do atirador - supostamente assassinado antes do
massacre.
Embora a polícia não tenha dado detalhes sobre a
morte do autor do ataque, a imprensa americana afirmou que Lanza
cometeu suicídio.
Esse é o segundo pior massacre do gênero
ocorrido nos Estados Unidos - atrás apenas do ataque que deixou 37
mortos na universidade Virginia Tech, em 2007.
O ataque à escola Sandy Hook é também o terceiro
grande episódio do tipo ocorrido neste ano nos Estados Unidos. Em
julho, um criminoso matou 12 pessoas durante a exibição de um filme do
Batman em um cinema no Colorado e, no mês seguinte, outro atirador matou
seis pessoas em um templo sikh em Wisconsin.
Em um discurso emocionado, o presidente Barack
Obama chegou a segurar as lágrimas ao lamentar as mortes e apresentou
suas condolências. "Precisamos nos unir e tomar ações significativas
para evitar outras tragédias como essa", afirmou.
Lanza teria conseguido entrar na escola por ser conhecido pelos
funcionários. Em entrevista à rede CNN, uma testemunha afirmou que ouviu
tiros vindos do interior do prédio e que ela teria ouvido "cerca de 100
tiros".O tenente Vance afirmou que o tiroteio se restringiu a apenas uma parte da escola, em duas salas. A polícia chegou à escola pouco depois de ser avisada por telefone sobre o ataque.
O local foi imediatamente cercado e invadido por equipes da polícia, que retiraram todos os sobreviventes e um ferido. Imagens aéreas mostravam várias ambulâncias e veículos de resgate ao redor do local horas após o ataque.
Richard Wilford, pai de um aluno da escola, disse ter telefonado para a polícia após receber a notícia de que havia ocorrido um tiroteio na região. "Eles (policiais) disseram que o tiroteio foi na Sandy Hook", contou. "Então eu e minha mulher descemos a rua correndo e chegamos à escola."
"Não há palavras que possam chegar perto de descrever o terror de ouvir a notícia de que o seu filho está em um lugar onde houve violência", acrescentou. O filho de Wilford não foi ferido no tiroteio.
"Ele escutou sons muito altos. Descreveu como panelas caindo", contou o pai. "A professora dele foi verificar e logo trancou a porta da sala de aula. Eles ficaram em um canto da sala até serem resgatados pela polícia."
Um jornal local, o Hartford Courant, chegou a afirmar que testemunhas teriam dito que eram dois atiradores, mas os relatos não foram confirmados. A polícia disse apenas que nenhuma hipótese foi descartada.
Também não foi esclarecido o número e tipo de armas usadas pelo atirador. A mídia americana chegou a afirmar que o autor do ataque teria usado um fuzil de calibre 223, duas pistolas de calibre 9 mm e uma quarta arma.
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