Festas e eventos que não tenham caráter religioso, estão proibidos.
Crianças e adolescentes têm hora expressa para chegar em casa e, se
houver descumprimento, serão retirados das ruas pelo Conselho Tutelar e
Política Militar. Também está vedada a venda de bebida alcoólica, de
segunda a quinta-feira, antes das 22 horas.
O juiz da
Comarca de Itatira, Antonio Josimar Almeida Alves, publicou portaria
com todas essas medidas, a fim de conter os ânimos ainda exaltados no
Município após o resultado das eleições, no domingo, dia 7.
Para
tomar a decisão, ele mencionou “gravíssimos atos de violência e
vandalismo”, “cenas de depredação do patrimônio público e particular”,
ocorrência de confronto entre militantes das coligações que disputaram
eleições, “reduzido aparato policial militar”.
Repercussão
De
acordo com o conselheiro tutelar de Itatira, Gustavo Ramon, a decisão
foi correta. Segundo ele, há moradores e empresários que demonstram
insatisfação com a portaria, mas, no geral, a população está satisfeita
com a atitude do juiz, por achar que era necessária.
Na
opinião da dona de casa Ana Maria Germano, 50, a decisão do juiz mantém a
segurança na cidade. Como a oposição não aceita a decisão das urnas,
tem havido muitas manifestações. “Até que a festa que ia haver na
quinta-feira era em prol do prefeito eleito. O juiz proibiu e pronto.
Ninguém se revoltou não. A população aceita”, diz.
A única
preocupação dela é que a portaria vigora por 90 dias e, em novembro,
haverá a festa do Município, e em dezembro, a festa de Natal. “Tem que
negociar”, opina.
Também dona de casa, Maria Victor Oliveira
Ferreira, 46, diz que achou foi bom o juiz o ter baixado a portaria. “O
juiz só quer o bem do município”, defende.
A reportagem tentou
contato com o juiz, mas os números do fórum não foram atendidos. O
secretário do juiz preferiu não dar entrevista, disse que quem deveria
falar sobre o assunto seriam as autoridades. O promotor do Município
também foi procurado, mas não atendeu as ligações ao celular. Os números
do destacamento policial também não foram atendidos.
Fonte: O POVO
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