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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Comida vencida destinada a lixão era vendida em depósito em Caucaia.

Dono do comércio comprava a mercadoria vencida de motoristas de carros que iam pro lixão, diz polícia.
Alguns produtos vendidos estavam vencidos há mais de um ano.

 

A polícia flagrou a venda de alimentos com prazo de validade vencido destinados a um lixão, terça-feira (18), na cidade de Caucaia, segundo a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas. De acordo com o delegado Bruno Figueiredo, o dono do depósito comprava a mercadoria de motoristas que faziam o transporte para  lixões. Entre os produtos, foram encontrados maionese, peixe e batata frita vencidos há até sete meses.

O delegado informou ainda que apenas o irmão do proprietário estava no estabelecimento no momento do flagrante e foi preso. Inicialmente, o suspeito negou envolvimento com o esquema, mas em depoimento confessou que o lixo era comprado pelo irmão e lavado para ser vendido a outros comerciantes. O dono do depósito ainda não foi encontrado pela polícia. A polícia também vai apurar a identidade dos motoristas que vendiam as mercadorias.

De acordo com Figueiredo, a polícia descobriu o esquema por acaso. “Uma equipe estava investigando comércios que vendem produtos abaixo do valor de mercado. Geralmente lugares assim vendem produtos roubados. E esse comércio vendia com preço muito reduzido, os policiais foram investigar lá e acabaram descobrindo o esquema”, conta.

Os irmãos serão indiciados e podem pegar de dois a cinco anos de prisão, segundo o delegado. Entre os produtos revendidos estava uma lata de leite em pó, vencida desde outubro de 2010. Outros produtos têm datas vencidas entre três e setes meses, como iogurte, peixe, camarão, carne, salsicha, maionese, batata frita, frango, feijão.

“São mercadorias de todo o tipo. É um caso de saúde pública”, disse Figueiredo. O material foi apreendido e, de acordo com o titular da DRFVC, será encaminhado para a Vigilância Sanitária do Estado do Ceará. A Prefeitura de Caucaia informou que o comerciante já havia sido notificado pela irregularidade dos produtos três vezes. 

Fonte: G1

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