O PMA (Programa Mundial de Alimentos da ONU) pretende aproveitar a experiência do Brasil na luta contra a fome e exportar o modelo para regiões da África, Ásia e América Latina.
"O Brasil é um magnífico exemplo, principalmente para o continente africano, porque nos últimos anos tirou 30 milhões de pessoas da pobreza e da fome", disse a diretora do PMA, Josette Sheeran.
O PMA inaugurou na segunda-feira em Salvador um "centro de excelência contra a fome" orientado a promover a cooperação entre países com o propósito de desenvolver planos nacionais de alimentação escolar e fomentar a segurança alimentar.
Sheeran ressaltou o investimento do governo para impulsionar planos como o Fome Zero, criado em 2003 para garantir a alimentação diária de milhões de pessoas, e o Bolsa Família. "Queremos exportar para outros países a fortaleza demonstrada pelo Brasil na luta contra a fome e a desnutrição. Essa experiência deve ser aproveitada".
Oswaldo Rivas/Reuters | ||
Moradora da Nicarágua alimenta sua criação de galinhas na cidade de Ticauntepe |
A iniciativa vai colaborar com governos como o de Moçambique e o de Mali, com o objetivo de fomentar programas de troca de informação sobre práticas de alimentação nas escolas.
A diretora do PMA externou sua preocupação pela crise alimentícia no Chifre da África e defendeu o aumento do investimento com o objetivo de garantir a ajuda humanitária na região. "Em países como a Somália existe uma situação muito delicada. É preciso atuar e trabalhar juntos".
No último mês de julho, a ONU declarou oficialmente estado de crise de fome em seis regiões do sul da Somália que afeta cerca de quatro milhões de pessoas, o que provocou o deslocamento milhares de pessoas a campos de refugiados dentro e fora do país em busca de comida e água.
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