A Polícia Civil do Espírito Santo prendeu nesta
segunda-feira líderes de uma igreja acusados de desvio de dinheiro do
dízimo em Vila Velha. Outras oito pessoas tiveram a prisão decretada. A
Justiça entendeu que, em liberdade, elas poderiam atrapalhar as
investigações. O Ministério Público denunciou os líderes da Igreja
Maranata por formação de quadrilha e apropriação indébita. Os pastores
foram presos em casa. “Que que eu vou dizer? Eu não sei nem porque estou
preso”, disse um deles ao ser levado para a delegacia. Segundo a
investigação, que começou no ano passado, os líderes da Maranata
desviavam o dinheiro do dízimo com o apoio de empresários que forneciam
notas com valores superfaturados de serviços e produtos comprados pela
igreja. As informações são do Jornal Nacional.
Para o MP, o desvio pode chegar a R$ 30 milhões. Segundo
o promotor Paulo Panaro, os envolvidos foram denunciados “pela
constituição de empresa de fachada e superfaturamento das notas
fiscais”. Por determinação da Justiça, há quase três meses, a igreja
estava sendo administrada por um interventor, pastor Júlio César Costa,
que também será substituído porque teria ligações com os acusados. Ele
nega e afirma que sempre enviou todos os relatórios solicitados pelo
Ministério Público. O advogado da igreja disse que o pastor e fundador
da Maranata, Gedelti Gueiros, não cometeu nenhuma irregularidade. A
igreja foi fundada há mais de 40 anos no Espírito Santo e hoje tem cinco
mil templos no Brasil e no exterior.
Fonte: TERRA
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