Admiro Jolie pelo seu engajamento na defesa e ajuda das pessoas que sofrem tragedias provocadas tanto pelo homem, bem como, pela natureza.
Refugiados sírios em um acampamento na Jordânia fizeram nesta
terça-feira relatos terríveis a respeito de civis incinerados na guerra
civil de seu país à atriz e enviada especial da Organização das Nações
Unidas (ONU) Angelina Jolie, levando-a às lágrimas.
"Crianças pequenas que foram perguntadas sobre o que
viram descreveram partes de corpos separadas e pessoas queimadas sendo
destrinchadas como galinhas. Uma menina de 9 anos de idade disse isso",
contou Jolie a repórteres, depois de uma visita de dois dias ao
acampamento de Zaatari, na Jordânia.
"Tem sido uma experiência muito pesada, porque você vem algumas vezes
a estes campos e raramente os encontra quando cruzam a fronteira, e
conhece as pessoas no momento em que se tornam um refugiado", disse ela,
parando para se recompor. "Eles dizem: 'Com o passar do meses, não
haverá mais nenhum de nós, nossas casas se foram, nossas famílias se
foram'", acrescentou.
A ONU está a caminho de registrar mais de 250 mil
refugiados em quatro países vizinhos em consequência do conflito de 17
meses na Síria, com mais de 100 mil chegando apenas em agosto - 85 mil
destes estão na Jordânia. Em média, cerca de 2 mil sírios chegam a cada
dia ao país, que já pediu ajuda internacional para lidar com o fluxo
imigratório.
"O mundo está assistindo como se quisesse humilhar o povo sírio.
Sentimos que estamos em um grande centro de detenção e zoológico,
cercados, onde todo mundo vem para capitalizar com o nosso sofrimento",
disse Musa Awadat, pai de seis filhos. "Não fugimos da Síria para vir
aqui para outra prisão."
O chefe da ONU para refugiados, António Guterres, que
visitou o acampamento com Jolie e o ministro de Relações Exteriores
jordaniano, Nasser Judeh, disse que a visita foi uma mensagem ao mundo
"para nos ajudarem e ao governo da Jordânia, a fim de investir
pesadamente na melhoria das condições de vida dos refugiados neste
acampamento".
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