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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Montadoras apostam em internet em todos os carros até 2014 .

                            Antes de se chegar a carros que andam sozinhos, 
                                       já se poderá usar carros inteligentes.                                         

Especialistas em tecnologia apontam que o carro é a nova fronteira para tecnologias de acesso móvel à internet, que prometem revolucionar a forma como as pessoas dirigem seus veículos.
O primeiro sinal dessa revolução deve ser a proliferação de aplicativos no painel dos carros. Com apenas um toque, será possível encontrar um lugar para estacionar, ou um restaurante para jantar.
Segundo a consultoria Machina Research, em 2020 apenas as tecnologias para fazer a vida dos motoristas mais fácil será equivalente a 20% do valor de um veículo. Isso significa um mercado de US$ 600 bilhões (cerca de R$ 1,2 trilhão).
"Até o fim de 2014, todos os veículos de algumas das grandes marcas irão oferecer algum tipo de conectividade", acredita Jack Bergquist da consultoria IHS.
"A Ford já declarou que está vendendo mais carros assim", disse Bergquist. "Mais de 50% dos consumidores estariam inclinados a ter um carro com internet."

Negócio lucrativo

Segundo a fabricante de processadores Intel, as tecnologias para os “carros conectados” estão logo atrás das tecnologias para tablets e smartphones entre as que mais se desenvolvem atualmente.
Aplicativos que mostram os postos de gasolina mais próximos e comparam os preços já estão no mercado.
Mas tudo isso ainda custa caro. Um aplicativo para encontrar estacionamento, por exemplo, precisa de sensores eletrônicos e imagens aéreas.
A Intel já anunciou investimentos de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 200 milhões) nos próximos cinco anos em empresas parceiras que possam oferecer soluções criativas para os carros conectados.
"Se você olhar para o custo de desenvolvimento de um novo modelo, algumas companhias já estão dedicando um terço de seu orçamento para o painel do veículo e para o sistema de tecnologia", disse.

Acidentes

Carro inteligente. BBC
Especialistas temem aumento de acidentes, mas também de invasão virtual dos sistemas inteligentes
Com tanta coisa para buscar, tocar e se distrair, os motoristas não estariam correndo mais riscos de acidente? Até que tenhamos nas ruas carros que dirigem sozinho, os especialistas acham que sim.
"Você pode se empolgar com a experiência e esquecer que está dirigindo. Melhor, mais rápido e mais barato é o que os consumidores querem, mas com segurança", diz John Ellis, especialista em tecnologia da Ford.
Segundo o National Safety Council dos Estados Unidos, um quarto dos acidentes do país ocorrem quando os motoristas usam celular enquanto estão dirigindo.
Mas os novos carros também devem estar mais preparados para situações de perigo. Em alguns veículos, sensores poderão acionar uma chamada de emergência em caso de acidente.

Hackers

Além de gerar o temor de mais acidentes, a evolução das tecnologias de conectividade à internet em veículos sugere a possibilidade de ataques virtuais contra os motoristas.
Dessa forma, o carro estaria vulnerável a hackers como os computadores. Um veículo poderia, por exemplo, ter a porta destravada e ser ligado, sem que ninguém o tocasse.
"Teoricamente, o ataque virtual é possível, mas as montadoras já estão cientes do risco e se preparando para isso", disse John Leech, da consultoria KPMG.
Os modelos da Ford, por exemplo, separam fisicamente os aplicativos de partes cruciais para o funcionamento do veículo.

Apple e Facebook

Não são apenas as montadoras quem estão de olho no mercado dos carros inteligentes.
"Eu suspeito que serão empresas como a Apple ou o Facebook que irão desafiar com sucesso as montadoras", diz Leech.
"A Apple já tem uma equipe muito significativa pensando como os produtos da Apple podem ser usados em um carro. Se eu estivesse apostando, seria lá que colocaria meu dinheiro", disse.
Parece ser apenas uma questão de tempo até que os carros inteligentes compitam lado a lado com celulares e tablets na indústria da tecnologia.

Fonte: BBC

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