Médica Helena Soares de Souza, médica chefe da UTI, acusada de assassinar pacientes e presa pela Polícia Civil do Paraná.
Em reportagem do "Fantástico" exibida na noite deste domingo (24) pela
Globo, um ex-funcionário do Hospital Evangélico de Curitiba afirma ter
presenciado diversas vezes o desligamento do respirador de pacientes da
UTI pela médica Virgínia Helena Soares de Souza.
"Eu já a vi várias vezes desligando o respirador", declarou ao programa
Sílvio de Almeida, técnico em enfermagem. "Ela é Deus. Ela desliga o que
quiser."
Almeida afirmou ainda que a médica não agia sozinha. "Dois médicos e uma médica tinham a mesma conduta que ela."
Virgínia e os anestesistas Maria Israela Boccato, Edison Anselmo da
Silva Júnior e Anderson de Freitas estão detidos. Silva Júnior e Freitas
se defenderam das acusações no programa.
"Sou um médico honesto. Dei tudo de mim para o tratamento dos pacientes.
Infelizmente, tive resultados ruins", afirmou Silva Júnior. "Nunca fui
um criminoso." Freitas disse ter ficado "assustado" com as acusações.
PACIENTES
O "Fantástico" entrevistou também parentes de pessoas que morreram na
UTI do hospital e pacientes que tiveram passagem por lá. Uma mulher que
não teve a identidade revelada afirma ter tido medo de morrer quando
acordou do coma no hospital. "Ela disse que era para desligar [o
ventilador] para ver se eu aguentaria", disse a ex-paciente. "Ouvi isso
da boca dela."
Virginia negou as acusações. Disse, em entrevista não gravada pela
equipe de reportagem, que os procedimentos tomados foram "atos médicos" e
que fez muitos inimigos por ter temperamento forte.
O advogado da médica, Elias Assad, afirmou no programa que não há
elementos que configurem homicídio qualificado. "As pessoas falecidas
naquela UTI entraram em óbito por causas naturais", disse o advogado.
Fonte: Folha de SP.
Fonte: Folha de SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário