930 mil cearenses têm renda mensal inferior a R$ 67,07, diz Ipea.
Pobreza extrema do Ceará se concentra na Zona Rural do estado.
Criança se alimenta apenas com feijão. Retrato de um estado que torra 1 bilhão de reais num Centro de eventos enquanto boa parte dos seus habitantes vivem na miséria.
O número de cearenses em situação de probreza extrema aumentou de 9,3% para para 10,9% entre 2008 e 2009, últimos anos contemplados na pesquisa Situação Social nos Estados - Ceará , divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Em número absolutos, de acordo com dados de 2009, há 930 mil cearenses vivendo em condições de pobreza extrema, 130 a mais do que em 2008. O Ipea considera como extremamente pobre o indivíduo que tem renda per capita mensal inferior a R$ 67,07.
Ainda de acordo com a pesquisa do Ipea, o Ceará reduziu o número de pessoas em condição de pobreza extrema em 2009 em relação a 2001, quando 22% da população se encontrava nessa situação. No mesmo período, a região Nordeste reduziu o índice de 21,7% para 11%. Já no Brasil, o índice de pobres extremos em 2001 era de 10,5% em 2009, 5,2%.
O estudo Situação Social no Ceará aponta também que a maior parte da população com renda mensal per capita abaixo de R$ 67,07 se concentra na Zona Rural do Estado. Em 2009, último ano da pesquisa, 7,9% da população urbana vive em situação de extrema pobreza; o mesmo quesito da pesquisa para a população rural chega a 21%.
"Diferenciais tão acentuados de renda são, no mínimo, desafiadores para as políticas sociais. Em suma, apesar do melhor desempenho, em termos do crescimento de renda observado nos últimos anos, o Ceará ainda apresenta patamares muito inferiores aos nacionais, sendo que, na zona rural, a situação chega a ser mais precária", conclui a pesquisa. Atualmente 1,8 milhão de cearenses vivem na Zona Rural, sendo 380 mil em situação de pobreza extrema.
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