A Assembléia Legislativa do Maranhão investiga o sumiço de R$ 73 milhões. Repassada pelo governo estadual à prefeitura de São Luís, a grana desapareceu. Não está na conta bancária da prefeitura. Tampouco consta dos balanços contábeis do município. E-v-a-p-o-r-o-u.
Os recursos tinham descido do governo para a prefeitura graças à assinatura de três convênios. Financiariam obras urbanas na capital maranhense.
As liberações são de março de 2009. Nessa data, governava o Maranhão Jackson Lago (PDT), que morreu faz sete meses.
Pois bem. Cassado pelo TSE, Lago teve de entregar sua poltrona a Roseana Sarney (PMDB), que foi à Justiça para cancelar os convênios.
Anulados os acordos, um oficial de Justiça foi ao banco para determinar o estorno das verbas. Deu-se, então, o inusitado.
O banco informou que o dinheiro já não estava na conta da prefeitura, comandada por João Castelo (PSDB).
Em nota, a prefeitura diz: os convênios são legítimos, recorreu contra a decisão judicial pró-Roseana e não cederá “à truculência e à prepotência.”
Beleza. E quanto ao paradeiro dos R$ 73 milhões? Bem, a assessoria do prefeito diz que, como a verba não está disponível, não foi contabilizada.
Em maioria, os aliados de Roseana recolheram na Assembléia assinaturas mais do que suficientes para inagurar uma CPI.
Aos pouquinhos, o Maranhão vai virando um circo. O desaparecimento do dinheiro faz lembrar a história do sujeito que tentou roubar o elefante do circo.
Podendo surrupiar um cão amestrado, um macaco, um leão ou uma foca, o camarada decidiu levar o elefante. Pilhado pelo vigia do circo, disse: “Elefante, que elefante?”
Nada mais parecido com um elefante do que R$ 73 milhões. Sobre algo assim, tão evidentemente grandioso, nenhuma conversa é possível. Melhor devolver o elefante.
fonte: Josias Souza,
Blog da folha.
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