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sábado, 24 de dezembro de 2011

Fundador de empresa de próteses de silicone é procurado pela Interpol.

O site da Interpol tem um alerta de busca para o fundador da Poly Implant Prothèse (PIP), empresa no centro de um escândalo de implantes de silicone defeituosos que afeta diversos países, inclusive o Brasil.
Jean-Claude Mas, de 72 anos, aparece na página da agência de polícia internacional como procurado na Costa Rica por acusações relacionadas a "vida e saúde", sem maiores detalhes.  Ele é mostrado em uma foto de polícia de 1º de julho de 2010, com uma placa de identificação.
Os implantes produzidos pela PIP são suspeitos de ter uma taxa de ruptura mais alta que o normal e serem preenchidos por um gel cancerígeno. Pelo menos oito casos de câncer de mama foram detectados em pacientes que usaram os implantes da companhia, mas ainda não há comprovação científica de que o silicone teria causado o tumor.
A empresa, que faliu em 2010, já chegou a ser a terceira marca no mundo em venda de próteses mamárias, fabricando até 100 mil unidades por ano.

Jean-Claude Mas aparece em foto datada de 2010. (Foto: Interpol/Divulgação)Jean-Claude Mas aparece em foto datada de 2010. (Foto: Interpol/Divulgação)

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na tarde desta sexta-feira (23) recomendações a mulheres que utilizem implantes mamários de silicone da marca francesa Poly Implant Prothèse (PIP).
Em nota, a agência sugere que mulheres com implantes PIP procurem seus médicos para realizar exames e serem avaliadas clinicamente. Já profissionais de saúde podem procurar suas pacientes e discutir com elas a melhor conduta a ser adotada.
Serviços de saúde devem comunicar à Anvisa todos os casos que envolvam eventos incomuns ou a retirada do "implante mamário preenchido de gel de alta coesividade" (nome comercial do produto no Brasil). A notificação pode ser feita pela Notivisa, serviço que pode ser encontrado no site da agência.
A autoridade sanitária francesa (Afssaps) recomendou que 30 mil mulheres na França retirem as próteses da marca por conta do alto risco de rupturas e de irritação cutânea. A agência afirma que a extração dos implantes seria uma medida "preventiva, não emergencial".
Prótese mamária de silicone da extinta empresa francesa PIP. (Foto: Sebastien Nogier / AFP Photo)

No Brasil, cerca de 25 mil mulheres receberam o implante na época em que o produto ainda era aprovado para utilização no país - ou seja, até abril de 2010.

Fonte: G1






                                                  

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