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sábado, 2 de março de 2013

Vistoria do TCU constata que estradas federais já têm defeitos um mês após a entrega.

                                                                 
Obras em rodovias federais por todo o País são feitas com má qualidade e apresentam defeito até um mês depois de entregues pelas construtoras. A constatação é do Tribunal de Contas da União (TCU) após auditoria sobre a qualidade da construção de rodovias federais administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
 
O TCU analisou 11 obras entregues entre 2011 e 2012 e 942 quilômetros de rodovias foram percorridos com aparelhos especiais para medir a resistência e a regularidade do asfalto. Das 11 vias pesquisadas, 10 apresentaram problemas como afundamentos, trincas, desgaste, deslocamento de pistas e buracos.

Em um caso específico, a BR-230 (Maranhão), os problemas de resistência do piso foram constatados um mês após a obra ter sido entregue. No trecho de 91 quilômetros analisado pelos técnicos, 35% tinham defeitos. Em geral, as obras são contratadas para durar de cinco a sete anos, com garantia de qualidade assinada em contrato. Todas as vias pesquisadas foram entregues havia menos de 13 meses.

No caso de outra estrada do Maranhão, a situação é ainda pior - cinco meses após a entrega. Nos 320 km analisados, 82% tinham defeitos de resistência, 13%, problemas de regularidade. Na BR-116, no Ceará,  63% do pavimento estava com problemas de resistência seis meses após concluída.


"Esse fato - o curto espaço de tempo entre o fim da obra e a análise - reforça a tese de que os problemas constatados correram em decorrência da má qualidade dos serviços executados, e não do período de utilização da obra", aponta o relatório do TCU.

Nas nove estradas em que o asfalto apresentou defeitos de resistência, 47% dele (408 km) tinham problemas. Caso o trabalho tenha que ser refeitos o prejuízo estimado pelos técnicos seria de R$ 158 milhões. Além dos problemas de resistência, cinco estradas apresentaram problemas de regularidade do pavimento.

Para os técnicos, esses dois problemas fazem reduzir a vida útil da estrada e causam prejuízo aos cofres públicos. Somente uma estrada não tinha problema, a BR-392 (Rio Grande do Sul).

Fonte: CNM

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