O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) deu
início a uma força-tarefa para ajudar os municípios brasileiros que
sofrem com os efeitos da seca. Em 60 dias, devem ser entregues 2.039
máquinas para municípios do Semiárido brasileiro e, também, aos que
integram a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e
sofrem com a falta de chuva. Serão 705 retroescavadeiras e 1.334
motoniveladoras que ajudarão na estruturação produtiva de milhares de
agricultores familiares dessas regiões.
A doação das máquinas integra o conjunto de ações
planejadas pelo Governo Federal para combater os efeitos da seca e
melhorar as condições de convivência com o semiárido. Para o estado do
Ceará foram entregues, nesta tarde, 38 retroescavadeiras e 34
motoniveladoras a 72 prefeitos. O investimento do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) no estado somou R$ 18 milhões.
Durante o evento, Pepe Vargas destacou que com esta
entrega, 179 dos 181 municípios cearenses receberam uma retroescavadeira
e 61 localidades foram contempladas com motoniveladoras. O ministro
também ressaltou que o MDA ainda vai entregar caminhão-caçamba e
pá-carregadeiras. “Nós estamos fazendo, em caráter emergencial, a compra
dos equipamentos para os 1.032 municípios que decretaram situação de
emergência”, informou.
O ministro realçou que a aquisição dos equipamentos
será feita de forma rápida – já que no âmbito do PAC 2 as compras são
feitas em regime emergencial. “Até o final deste ano todos os
municípios, mesmo o que não estão em situação de emergência, receberão
os equipamentos que a presidenta Dilma determinou”, adiantou.
Outra questão levantada por Pepe Vargas foi que a
seca mostrou que as pessoas não têm a cultura constituir uma reserva
estratégica de alimentos para o rebanho. “Temos que recuperar essa
cultura e aproveitar o período de chuva para produzir forrageiras,
fazendo reserva de alimentos para o rebanho no período da seca. Temos
sistemas de produção adequados na região desenvolvidos pela Embrapa
Semiárido que garantem que o agricultor familiar plante 1,5 hectares de
forrageiras de ciclo curto combinadas com outras de ciclo longo”,
reiterou ao assegurar que em um espaço de 15 a 18 meses o agricultor
terá condição de manter um rebanho de até 80, 90 caprinos.
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