Numa rua do centro de São Paulo uma garota de programa pode ganhar de 6000 a 7000 mil reais por mês de "trabalho".
Em um prostíbulo, mulheres adultas são forçadas a prestar favores
sexuais e a conviver com menores exploradas. O dinheiro fica para o
cafetão e, se alguém denunciar, corre risco de morte. Embora criminosa,
esta cena não é tão excepcional quanto parece --ela faz parte do
cotidiano de muitas cidades brasileiras.
No Brasil, prostituição não é crime, é uma profissão legalizada.
Ilegais são as casas de prostituição, o que dá margem aos mais diversos
tipos de abusos e corrupção.De olho no aumento da exploração sexual durante a Copa do Mundo de 2014
e os Jogos Olímpicos de 2016, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ)
protocolou um projeto de lei na Câmara dos Deputados para regularizar a
profissão das prostitutas. Ele quer que a proposta seja aprovada até
2014, para evitar a proliferação de casos como o divulgado no último dia
10, quando uma jovem conseguiu fugir de onde era explorada sexualmente e mantida em cativeiro, em São Paulo.
Não é a primeira vez que uma iniciativa como a de Wyllys é levada a
cabo no Brasil. O ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) já havia
protocolado um projeto semelhante durante seu mandato (1995-2011), mas o
texto foi arquivado após ele deixar a Câmara. Agora, o diálogo com as
prostitutas voltou a ganhar força, com a expectativa gerada por estes
dois grandes eventos esportivos.
Em entrevista , Jean Wyllys explicou a
necessidade de um projeto como este, enfatizando sempre a urgência da
regularização das casas onde são prestados serviços sexuais e a
diferença entre prostituição e exploração sexual.
Fonte: UOL.
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