A polícia do Irã enforcou ontem dois jovens assaltantes cujo ataque com
facão contra um homem indefeso havia sido registrado por câmeras de
segurança, num crime que chocou o país.
Ocorrida após um processo relâmpago, a execução expôs a política de
tolerância zero com criminosos que transformou o Irã em um dos
recordistas mundiais em condenações à morte.
Alireza Mafiha e Mohammad Ali Sorouri, ambos de 24 anos, foram
condenados por ser "inimigos de Deus" --uma categoria que abrange
conspiração contra o Estado e crimes violentos.
As imagens do assalto, divulgadas no Youtube e reproduzidas pela TV
estatal, mostram Mafiha e Sorouri agredindo um homem em rua de Teerã, em
plena luz do dia. Os jovens arrancam o casaco da vítima e levam sua
pasta.
Antes de fugir, um dos jovens golpeia o rosto do homem com um facão. Em
um país pouco acostumado à violência urbana, o caso mobilizou as
autoridades, que prenderam e julgaram rapidamente os agressores. "A
segurança da população é mais importante até que o pão de cada dia",
disse o chefe do Judiciário, Sadeq Larijani.
O Irã diz que a mão pesada do Estado é responsável pela baixa
criminalidade, mas ONGs de direitos humanos criticam o país pela
aplicação sistemática da pena de morte.
Fonte: Folha de SP
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